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sexta-feira, 30 de março de 2012

AGENTES QUÍMICOS. NOÇÕES DE TOXICOLOGIA

AGENTES QUÍMICOS
Luiz Fernando - Químico

Noções de Toxicologia

Toxicologia é a ciência que estuda os efeitos nocivos produzidos pelas substâncias químicas sobre os organismos vivos.

A história da toxicologia acompanha a própria história da civilização, pois desde épocas remotas o homem possuía conhecimento sobre os efeitos tóxicos dos venenos provenientes de determinados animais e de plantas tóxicas. Já desde esta época, era utilizado como instrumento de caça e arma contra inimigo.

Desde 1550 a.C. se registra uma lista de mais de 800 ingredientes ativos, entre os quais incluíam-se: metais como o chumbo e o cobre; venenos de animais e de diversos vegetais considerados tóxicos, assim como outros que contribuíram à identificação de novos agentes terapêuticos.

A primeira classificação de venenos, sejam de origem animal, mineral ou vegetal, se deve a Dioscórides. Materiais tais como a cicuta (erva venenosa), o ópio (suco das flores da papoula), o acônito (planta venenosa) e os denominados digitales (planta venenosa que causa a morte por paralisia do coração), se encontravam entre os elementos tóxicos provenientes dos vegetais, enquanto que os procedentes de animais como víboras e outros, eram representantes dos obtidos no reino animal.

Já entre os considerados de origem mineral se encontravam metais como o chumbo, antimônio, mercúrio e o cobre.

Este século caracteriza-se pelo enorme avanço tecnológico no campo de síntese química. Milhares de novos compostos foram sintetizados para os mais diversos fins, como os farmacêuticos, constituídos pelos fármacos e excipientes; os alimentares, pelos corantes, conservantes e flavorizantes; agrícolas, pelos praguicidas e herbicidas. O contato com os elementos mencionados tem conduzido a inúmeros casos de intoxicação.

Na atualidade a toxicologia tem dado ênfase à avaliação da segurança e risco na utilização de substâncias químicas, assim como a aplicação de dados obtidos através de estudos toxicológicos como base para o controle regulatório de substâncias químicas nos alimentos ingeridos pelas pessoas, seja no ambiente familiar ou nos locais de trabalho, etc.

Áreas da Toxicologia:

Toxicologia de Alimentos – estuda as condições em que os alimentos podem ser ingeridos sem danos ao organismo;

Toxicologia Ambiental – estuda os efeitos dos agentes químicos contaminantes do ambiente para com os organismos vivos;

Toxicologia de Medicamentos e Cosméticos – estuda os efeitos nocivos que medicamentos e cosméticos podem produzir no organismo;

Toxicologia Ocupacional ou Industrial – estuda os efeitos dos agentes químicos e contaminantes do ambiente de trabalho, com o indivíduo exposto;

Toxicologia Social – estuda os efeitos nocivos do uso não médico de drogas e fármaco, causando prejuízos ao organismo.

Em cada uma dessas áreas, vários são os aspectos que podem ser abordados, como o forense ou legal, pediátrico, econômico, regulatório, etc.
A toxicologia é uma ciência importante no mundo contemporâneo, estando presente no dia-a-dia de cada indivíduo e fazendo parte de decisões relativas à regulamentação de substâncias químicas.

Seu conhecimento é indispensável ao trabalho dos profissionais que trabalham nas áreas de ciências biológicos, exatas e humanas.

DOSE
(De extrema importância para Engenheiros de Segurança e Advogados Trabalhistas)

Termo utilizado para especificar a quantidade de substância química administrada a um organismo vivo, e, geralmente, é expressa usando-se unidades de massa por massa (ex, mg de agente tóxico / kg de peso corpóreo).

O termo concentração aplica-se à exposição do indivíduo a uma determinada concentração de um agente presente em um compartimento (ex, solo, água, ar). Neste caso, não se sabe exatamente quanto do agente efetivamente penetrou no organismo. A concentração é expressa em unidades de massa por volume do meio (ex, mg de agente tóxico / m3 de ar; mg de agente tóxico / litro de água, mg de agente tóxico / m3 de solo), mas, também pode ser por massa do meio (ex, mg de agente tóxico / g de solo). A concentração também é comumente expressa através das unidades ppm (partes por milhão) ou ppb (partes por bilhão).

“Toda substância é tóxica,
não tem nenhuma que não seja tóxica,
é a dose e o tempo de exposição que fazem a diferença entre
uma substância tóxica e um medicamento.”

(Paracelso, 1493 – 1541)

DE50 - Dose Efetiva 50
Trata-se da quantidade de substância (em mg, g ou mL por Kg de peso corporal) que, em condições bem determinadas, produz um determinado efeito na metade de um grupo de animais de certa espécie.

DL50 - Dose letal 50
Geralmente é o primeiro experimento com uma nova substância química.
DL50 é a dose de uma substância química necessária para causar a morte em 50% dos animais em experimentação.

Classificação quanto ao grau de toxicidade

Categoria de toxidade aguda DL50 oral para ratos
Extremamente tóxica
Altamente tóxica
Moderadamente tóxica
Levemente tóxica
Praticamente não tóxica < ou = 1mg/kg > 1 a 50 mg/kg
> 50 a 500 mg/kg
> 0,5 a 5 g/kg
> 5 g/kg

Agente tóxico
Denomina-se agente tóxico ao produto químico capaz de causar dano a um sistema biológico, alterando seriamente sua função ou conduzindo-o à morte, conforme determinadas condições de exposição.

Intoxicação

É a ação resultante da exposição a um agente tóxico, podendo ser aguda ou crônica.

Aguda – exposição de curta duração com concentração elevada, ou por substância que pode ser rapidamente absorvida pelo organismo;

Crônica – exposição longa e continuamente repetida, durante a vida laborativa, que pode ou não se acumular no organismo através de órgãos vitais como fígado, rins, pulmão, entre outros.

Veneno

É um agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais. O veneno pode ser considerado como substância que causa danos para os tecidos vivos, quando aplicados em doses relativamente pequenas.
A consideração mais importante quando definimos o termo veneno, é relacionar a quantidade ou dosagem à partir da qual o produto se torna perigoso.

Xenobiótico

Termo utilizado para designar as substâncias químicas estranhas ao organismo.
Agentes poluentes da atmosfera e metais como o chumbo e mercúrio são agentes xenobióticos, desde que não possuam papel fisiológico conhecido.
Os xenobióticos que adentram no organismo são posteriormente excretados através de urina, bile, fezes, ar expirado, leite, suor e outras secreções sob forma inalterada ou modificada quimicamente. O comportamento cinético de xenobiótico depende muito de suas propriedades físico-químicas. A tendência de alguns xenobióticos é de acumular-se no organismo.

Toxidade
Capacidade inerente a uma substância química de produzir efeito adverso ou nocivo sobre um organismo vivo.

Risco

É a probabilidade do aparecimento de um efeito nocivo devido à exposição à uma substância química

Estado Físico das Substâncias Químicas

Sólido: cianeto de sódio, cianeto de potássio, nitrato de prata, hidróxido de sódio.
Líquido: ácido sulfúrico, benzeno, clorofórmio, tolueno, xileno.
Gasoso: cloro, amônia, monóxido de nitrogênio, monóxido de carbono.

Vias de Absorção

No sentido fisiológico, um material é tido como absorvido somente quando ele tenha ganhado entrada na corrente sanguínea e consequentemente tenha sido carregado para todas as partes do corpo. Algo que foi engolido e que é posteriormente excretado mais ou menos sem mudanças nas fezes não foi necessariamente absorvido, mesmo que possa ter permanecido no sistema gastrointestinal por horas ou mesmo dias. A Toxicologia Industrial se refere primeiramente com três rotas de absorção ou portas de entrada que os materiais podem utilizar para atingir a corrente sanguínea: a pele, o trato gastrointestinal e os pulmões.

Absorção através da Pele. Antes da introdução de métodos modernos de tratamento da sífilis, uma parte do padrão de terapia consistia no tratamento com mercúrio. A efetividade dependia do fato que certas formas de mercúrio podem ser absorvidas através da pele intacta. Agora é reconhecido que absorção pela pele pode ser um fator significante em envenenamento ocupacional por mercúrio, bem como, um número de outras doenças industriais. No caso de metais além do mercúrio, entretanto, a entrada através da pele é relativamente sem importância, exceto para alguns compostos organometálicos, como chumbo tetraetila.
A Absorção pela Pele tem como sua maior importância a relação com solventes orgânicos. É geralmente reconhecido que quantidades significantes destes compostos podem entrar no sangue através da pele tanto como resultado de contaminação direta acidental ou quando o material tenha sido espirrado sobre as roupas. Uma fonte adicional de exposição é encontrada na prática muito comum de usar solventes industriais para remoção de graxas e sujeira das mãos e dos braços, em outras palavras, para propósitos de lavagem. Este procedimento, incidentalmente, é uma grande fonte de dermatites.

Absorção Gastrointestinal. O simples fato que algo tenha sido colocado na boca e engolido, não significa necessariamente que tenha sido absorvido. Naturalmente quanto menos solúvel o material é, menor é a possibilidade de absorção. No passado tem sido comum a prática de atribuir certos casos de envenenamento ocupacional a hábitos sem higiene por parte da vítima, particularmente falta de lavagem das mãos antes de alimentar-se. Não há dúvidas que alguns materiais tóxicos, utilizados na indústria, podem ser absorvidos através do trato intestinal, mas é agora genericamente acreditado que com certas exceções esta rota de entrada é de menor importância. Um caso ocorrido no Brasil, há alguns anos, em Franca (SP) teve como rota de penetração de um agente tóxico (chumbo) o trato gastrointestinal. Foi constatado que as vítimas, algumas fatais, colocavam pregos para sapatos nos lábios, estando desta maneira ingerindo quantidades muito elevadas de chumbo que se encontrava presente nos pregos. Ingestão acidental de quantidades perigosas de compostos venenosos em uma única dose tem também sido registrada nos últimos anos. De maneira em geral pode ser dito que a absorção intestinal de venenos industriais é de menor importância e que a teoria de envenenamento das “mãos sujas” tem sido desacreditada.

Absorção através dos pulmões. A inalação de ar contaminado é de longe o mais importante meio pelo qual os venenos ocupacionais ganham entrada no corpo. É seguro estimar que pelo menos 90 % de todo envenenamento industrial (excluindo dermatites) pode ser atribuído à absorção através dos pulmões. Substâncias perigosas podem estar suspensas no ar na forma de pós, fumos, névoa ou vapor, e podem estar misturados com o ar respirável no caso de verdadeiros gases. Desde que um indivíduo, sob condições de exercício moderado irá respirar cerca de 10 metros cúbicos de ar no curso normal de 8 horas de trabalho diário, é prontamente entendido que qualquer material venenoso presente no ar respirável oferece uma séria ameaça.
Felizmente todos os materiais estranhos que são inalados, não são necessariamente absorvidos pelo sangue. Uma certa quantidade, particularmente que está em um estado muito bem dividido, será imediatamente exalada. Outra porção do material particulado respirado é captado pela mucosa que se localiza na passagem do ar (traquéia) e é subseqüentemente expelido junto com o muco. Nesta conexão é necessário ser mencionado que algum muco pode ser, conscientemente ou inconscientemente, engolido, desta maneira aumentando a oportunidade para absorção intestinal. Outras partículas são captadas por algumas células que podem entrar na corrente sanguínea ou ser depositadas em vários tecidos ou órgãos. Gases verdadeiros irão passar diretamente pelos pulmões até o sangue, da mesma maneira como o oxigênio no ar inspirado. Por causa do fato que a grande maioria dos venenos industriais conhecidos podem a um certo tempo estar presente como contaminante atmosférico e verdadeiramente constituir uma ameaça potencial à saúde, programas diretamente relacionados a prevenção de envenenamento ocupacional, geralmente dão mais ênfase à ventilação para redução do perigo.

Acúmulo e excreção
Algumas substâncias tóxicas podem ser retidas ou acumuladas no corpo por períodos de tempo indefinidos, sendo excretadas vagarosamente por períodos de meses ou anos. Chumbo, por exemplo, é acumulado primeiramente nos ossos e o mercúrio nos rins. Pequenas quantidades podem ser acumuladas em outros órgãos ou tecidos. O material particulado quando inalado pode ser fagocitado e permanecer em nódulos no plasma regional, onde pode ter pequenos efeitos como no caso de pó de carvão, ou produzir mudanças patológicas como no caso da sílica e Berílio.
A excreção de agentes tóxicos toma parte através dos mesmos canais como faz a absorção, isto é, pulmões, intestino e pele, mas os rins (urina) são os maiores órgãos excretores para muitas substâncias. Suor, saliva e outros fluidos podem participar com uma pequena extensão no processo excretor.

Gases e vapores voláteis são comumente excretados pelos pulmões, através da exalação. Isto pode ser usado como uma medida de absorção anterior (exemplo: bafômetro).

Muitos compostos orgânicos não são excretados sem mudanças, mas passam pelo que é conhecido como biotransformação. O processo pelo qual isto ocorre é também chamado “Mecanismo de Desintoxicação”. O novo composto resultante, ou metabólito, pode ser encontrado na urina e é usado como evidência da absorção de uma substância próxima.

Suscetibilidade Individual

Existem situações em que exposições iguais determinam respostas iguais e outras, nas quais se observam respostas diferentes. Por exemplo, para dois trabalhadores que desempenham funções iguais durante 30 anos e, portanto, expostos no mesmo ambiente e nas mesmas condições, é possível que apenas um deles desenvolva uma enfermidade determinada pela exposição aos toxicantes presentes no ambiente de trabalho. Nenhuma pessoa é igual à outra e, portanto, as respostas tóxicas podem variar de um indivíduo para outro.

Classificação das Substâncias Perigosas Segundo a ONU:
1. Explosivas
2. Gases comprimidos
3. Líquidos inflamáveis
4. Sólidos inflamáveis, substâncias combustíveis espontaneamente e as que reagem com a água
5. Oxidantes, incluindo peróxidos
6. Tóxicas, classe A e B, irritantes e que causam enfermidades
7. Radiativas
8. Ácidas, alcalinas e alguns líquidos e sólidos corrosivos
9. Outras não consideradas nas classes anteriores

Algumas Substâncias Classificadas Como Super Tóxicas
Substância tóxica Origem Efeitos
Estricnina Noz Vómica Sistema Nervoso
Fluoracetato de Sódio Sintético Coração e Sistema nervoso
Nicotina Planta, Tabaco Efeito Tóxico
Benzeno Petróleo Interfere na síntese do DNA, e outros
Fosgênio Sintético Sistema Respiratório


AGENTES QUÍMICOS

São substâncias ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, ou pela natureza da atividade de exposição possam ter contato através da pele ou serem absorvidos pelo organismo por ingestão; Poeiras, Fumos, Névoas, Neblina, Gases e Vapores.

São os agentes ambientais causadores em potencial de doenças profissionais devido à sua ação química sobre o organismo dos trabalhadores. Podem ser encontrados tanto na forma sólida, como líquida ou gasosa.

Além do grande número de materiais e substâncias tradicionalmente utilizadas ou manufaturadas no meio industrial, uma variedade enorme de novos agentes químicos em potencial vão sendo encontrados, devido à quantidade sempre crescente de novos processos e compostos desenvolvidos.

Eles podem ser classificados de diversas formas, segundo suas características tóxicas, estado físico, etc. Conforme foi observado, os agentes químicos são encontrados em forma sólida, líquida e gasosa.

Os agentes químicos, quando se encontram em suspensão ou dispersão no ar atmosférico, são chamados de contaminantes atmosféricos. Estes podem ser classificados em:
Aerodispersóides - Gases - Vapores
As principais vias de penetração destas substâncias no organismo humano são:
O aparelho respiratório (inalação)
A pele (cutânea)
O aparelho digestivo (ingestão)
O sistema respiratório é a via de contaminação mais importante, pois permite que as substâncias passem para a corrente sanguínea, com mais rapidez, atingindo todo o sistema celular de outros órgãos vitais. É seguro estimar que pelo menos 90 % de todo envenenamento industrial (excluindo dermatites) pode ser atribuído à absorção através dos pulmões. Substâncias perigosas podem estar suspensas no ar na forma de pós, fumos, névoa ou vapor, e podem estar misturados com o ar respirável no caso de verdadeiros gases. Desde que um indivíduo, sob condições de exercício moderado irá respirar cerca de 10 metros cúbicos de ar no curso normal de 8 horas de trabalho diário, é prontamente entendido que qualquer material venenoso presente no ar respirável oferece uma séria ameaça.

Aerodispersóides
São dispersões de partículas sólidas ou líquidas de tamanho bastante reduzido (abaixo de 100m), que podem se manter por longo tempo em suspensão no ar. Exemplos:

Poeiras - são partículas sólidas, produzidas mecanicamente por ruptura de partículas maiores. São formadas quando um material sólido é quebrado, moído ou triturado. Quanto menor a partícula, mais tempo ela ficará suspensa no ar, sendo maior a chance de ser inalada. Ex: minério, madeira, poeiras de grãos, amianto, sílica, etc. Apresentam-se geralmente com diâmetro superior a 1m.

Fumos - ocorrem quando um metal ou plástico é fundido (aquecido), vaporizado e resfriado rapidamente, formando partículas muito finas que ficam suspensas no ar. Ex: soldagem, fundição, extrusão de plásticos, etc. Apresenta diâmetro que varia de 0,01 a 0,1m, sendo assim penetram facilmente no sistema respiratório

Fumaça - sistemas de partículas combinadas com gases que se originam em combustões incompletas de materiais orgânicos. São de diâmetro inferiores a 1m.

Névoas - partículas líquidas produzidas mecanicamente, como por em processo “spray”. Ex: pintura, atividades com ácidos, ...

Neblinas - são partículas líquidas produzidas por condensações de vapores.

O tempo que os aerodispersóides podem permanecer no ar depende do seu tamanho, peso específico (quanto maior o peso específico, menor o tempo de permanência) e velocidade de movimentação do ar. Evidentemente, quanto mais tempo o aerodispersóides permanece no ar, maior é a chance de ser inalado e produzir intoxicações no trabalhador.

As partículas mais perigosas são as que se situam abaixo de 10m, visíveis apenas com microscópio. Estas constituem a chamada fração respirável, pois podem ser absorvidas pelo organismo através do sistema respiratório. As partículas maiores, normalmente ficam retidas nas mucosas da parte superior do aparelho respiratório, de onde são expelidas através de tosse, expectoração, ou pela ação dos cílios.

Partículas Perigosas
Sílica – produz silicose, a primeira doença pulmonar a ser reportada.

Amianto – o amianto ou asbesto é o termo comercial adotado para um conjunto de materiais fibrosos, constituídos de silicato de magnésio. O termo (amianto) associa-se a uma ampla faixa de materiais minerais que possuem a propriedade de se converter em determinados produtos fibrosos. São minerais compostos dos mesmos elementos químicos presentes nas rochas comuns, às vezes possuindo aditivos de ferro, o níquel e o cromo.

Mica – é um mineral, encontra-se na forma de placas ou de pó. É utilizado como isolante elétrico e térmico. Causa pneumoconiose.

Lã de Vidro – minúsculas partículas deste material carregadas pelo ar podem chegar ao sistema respiratório, causando irritação, da mesma forma que quando entra em contato com a pele.

Metais e Óxidos Metálicos – qualquer tipo de metal fundido sob elevadas temperaturas desprende fumos constituídos de óxidos metálicos.

Carvão – a mineração do carvão é causadora de grande número de problemas de saúde aos mineiros, afetando seus pulmões, produzindo pneumoconiose.

Gases e Vapores

São substâncias que têm a mesma forma do ar, por isso se misturam perfeitamente a ele, e passam pelos pulmões, atingindo a corrente sangüínea, através da qual chegam a todos os órgãos do corpo humano, como cérebro, rins, fígado, etc.

Gases.
Gás é um estado físico da matéria.
São dispersões de moléculas no ar, misturadas completamente com este (o próprio ar é uma mistura de gases). Não possuem formas e volumes próprios e tendem a se expandir indefinidamente. À temperatura ordinária, mesmo sujeitos à pressão fortes, não podem ser total ou parcialmente reduzidos ao estado líquido.

Vapores.
Chama-se Vapor, a fração gasosa de um líquido ou sólido.
São também dispersões de moléculas no ar, que ao contrário dos gases, podem condensar-se para formar líquidos ou sólidos em condições normais de temperatura e pressão. Uma outra diferença importante é que os vapores em recintos fechados podem alcançar uma concentração máxima no ar, que não é ultrapassada, chamada de saturação.
Os vapores ocorrem através da evaporação de líquidos ou sólidos, geralmente são caracterizados pelos odores (cheiro), tais como gasolina, querosene, solvente de tintas, etc.

Fisiologicamente, do ponto de vista sobre o organismo, os gases e vapores podem ser classificados em:

IRRITANTES
ANESTÉSICOS
ASFIXIANTES

IRRITANTES – São substâncias que produzem inflamação nos tecidos vivos, quando entram em contato direto.
Ex.: ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, ozônio, cloro, dióxido de enxofre, chumbo tetra etila, fosgênio, óxidos de nitrogênio, sulfeto de hidrogênio, outros.

ANESTÉSICOS – São aquelas substâncias que, devido a sua ação sobre o sistema nervoso central, apresentam efeitos anestésicos.
Ex.: butano, propano, eteno, benzeno, etileno, ácido sulfúrico, álcool etílico, álcool metílico, tolueno, xileno, outros.

ASFIXIANTES – São aquelas substâncias que impossibilitam a respiração.
Ex.: ácido clorídrico, nitrogênio, metano, monóxido de carbono, ácido cianídrico, dióxido de carbono, hidrogênio, outros.

Os gases e vapores ANESTÉSICOS são classificados em 5 grupos:

ANESTÉSICO PRIMÁRIO – são aquelas substâncias que não produzem outro efeito além da anestesia, mesmo que o trabalhador seja submetido a repetidas exposições, em baixas concentrações. Ex.: aldeídos, ésteres e hidrocarbonetos alifáticos (butano, propano, eteno e outros)

ANESTÉSICO SOBRE AS VÍSCERAS – são aquelas substâncias que podem acarretar danos ao fígado e aos rins dos trabalhadores expostos. Ex.: tricloretano, tetracloreto de carbono, percloroetileno.

ANESTÉSICO DE AÇÃO SOBRE O SISTEMA FORMADOR DO SANGUE – são substâncias que se acumulam, preferencialmente nos tecidos graxos, medula óssea e sistema nervoso. Ex.: benzeno, tolueno e xileno (BTX). Vale ressaltar que o benzeno é a substância com maior ação nociva; sua exposição prolongada, mesmo a baixas concentrações, pode ocasionar anemia, leucemia e câncer.

ANESTÉSICO DE AÇÃO SOBRE O SISTEMA NERVOSO – são substâncias que, devido à sua alta solubilidade em água, apresentam eliminação lenta pelo organismo; daí a sua manifestação mais acentuada no sistema nervoso. Ex.: álcool etílico e metílico.

ANESTÉSICO DE AÇÃO SOBRE O SANGUE E O SISTEMA CIRCULATÓRIO – substâncias em especial aquelas pertencentes ao grupo dos nitrocompostos de carbono, que em decorrência de sua utilização industrial podem alterar a hemoglobina do sangue. Ex.: nitrotolueno, nitrito de etila, nitrobenzeno e anilina.

A FUNDACENTRO – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – criada oficialmente em 1966 - é a única entidade governamental do Brasil que atua em pesquisa científica e tecnológica relacionada à segurança e saúde dos trabalhadores, ela, a FUNDACENTRO, classifica as substâncias químicas em sete grupos, em função da ação nociva ao organismo do trabalhador.
Grupo 1 – Substâncias de ação generalizada sobre o organismo – correspondem aos agentes cujos efeitos, no organismo dos trabalhadores, dependem da quantidade de substância absorvida, estando representados pela maioria das substâncias relacionadas no quadro 1, do anexo 11 da NR 15. Ex.: cloro, chumbo, dióxido de carbono, monóxido de carbono e nitroetano.

Grupo 2 – Substâncias de ação generalizada sobre o organismo, podendo ser absorvida, também, por via cutânea – correspondem aos agentes químicos que além de exporem os trabalhadores, através das vias respiratórias, também exigem a proteção individual para os membros superiores e outras partes do corpo possíveis de propiciarem a absorção cutânea do agente químico. Ex.: anilina, benzeno, bromofórmico, fenol, percloretileno, tetracloreto de carbono e tolueno.

Grupo 3 – Substâncias de efeito extremamente rápido – correspondem aos agentes químicos que têm indicados os limites valor teto, os quais não podem ser ultrapassados, em momento algum, durante a jornada de trabalho. Ex.: ácido clorídrico e formaldeído.

Grupo 4 – Substâncias de efeito extremamente rápidos, podendo ser absorvidos, também, por via cutânea – correspondem a apenas quatro substâncias: álcool n-butílico, m-butilamona, monoetil hidrazina e sulfato de dimetila. Podem ser absorvidos pela pele, exigindo, necessariamente, a utilização de EPI.

Grupo 5 – Asfixiantes Simples – representados por alguns gases em altas concentrações no ar, atuam no sentido de deslocar o oxigênio do ar, sem provocar efeitos fisiológicos importantes. Ex.: acetileno, argônio, hélio, hidrogênio, metano.

Grupo 6 – Poeiras – Substâncias provenientes da desagregação mecânica de substâncias sólidas; podendo, dependendo da sua dimensão, causar pneumoconiose. A NR 15, em seu Anexo 12, prevê três agentes: asbestos (amianto), manganês e seus compostos e sílica livre.

Grupo 7 – Substâncias cancerígenas – são aquelas cientificamente comprovadas de causar em seres humanos ou induzir câncer em animais sob determinadas condições experimentais. Ex.: cloreto de vinila, asbestos, benzidina, beta-naftalina, 4-nitrodifenil, 4-aminodifenil, benzeno.

Sistema de Classificação de Substâncias Químicas quanto a perigos:

SISTEMAS EXISTENTES MAIS CONHECIDOS

ONU – Transporte de bens ou cargas perigosas.
Europa – Diretrizes estabelecidas pela Comissão Européia /Austrália fez adaptação.
Canadá – WHIMIS
NFPA / Diamante de Rommel
No Brasil: ONU / Transporte de produtos perigosos, Classificação de agrotóxicos (ANVISA), Inflamáveis (MTE-NR16), Classificação de resíduos (NBR 1004)


Diretrizes da Comissão Européia (EU) para classificação das substâncias em relação aos seus perigos

Classes de perigos – Substâncias ou misturas:
Inflamáveis
Explosivas
Comburentes ou oxidantes
Corrosivas e Irritantes
Muito tóxicas ou tóxicas
Nocivas
Cancerígenas, mutagênicas e tóxicas para a reprodução Nocivas para o meio ambiente

Inflamáveis - são substâncias que podem pegar fogo na presença de uma fonte de ignição (chama, faísca, eletricidade estática, etc.)
Podem ser:
-Extremamente inflamáveis Ex. éter
-Facilmente inflamáveis. Ex. gasolina
-Inflamáveis Ex. querosene

Explosivas - são substâncias ou misturas que apresentam riscos de explosão sob o efeito de uma chama, do calor, de um golpe ou fricção.
Exemplos:
-TNT - trinitrotolueno
-Ácido pícrico
-Nitrocelulose
-Pólvora negra
-Pólvora branca

Comburentes ou Oxidantes - são substâncias que, em caso de incêndio,aumentam a violência da reação e favorecem a propagação rápida do fogo. Podem provocar incêndios espontâneos quando em contato com materiais combustíveis.
Exemplos:
-Oxigênio
-Ácido nítrico
-Água oxigenada concentrada (ex. 30 vol)

Corrosivas - são substâncias que podem provocar lesões na pele – destruição de tecidos ou queimaduras – e atacar a madeira, os metais e matérias plásticas.
Exemplos:
Ácido sulfúrico concentrado.
Ácido nítrico
Soda cáustica.

Irritantes - são substâncias que podem provocar lesões na pele ou mucosas de natureza inflamatória (ex. dermatites).
Exemplos:
-Ácido sulfúrico diluído.
-Água sanitária.
-Solventes (tolueno, benzina).

Muito tóxicas e tóxicas - podem provocar danos graves à saúde ou provocar a morte.
-Muito tóxicas: são substâncias que, mesmo em doses muito pequenas, podem provocar danos graves ou mesmo a morte. Ex.trióxido de arsênico.
-Tóxicas. Ex. metanol, amoníaco, benzeno.

Nocivas ou Menos tóxicas - são substâncias que podem causar danos à saúde mas em geral não provocam danos sérios imediatos. Somente em doses muito altas podem provocar a morte. (o que é difícil no ambiente de trabalho).
A exposição repetida e prolongada pode provocar danos sérios à saúde.
Exemplo: Tolueno

Cancerígenas, mutagênicas ou tóxicas para a reprodução - causam efeitos específicos que se manifestam, em geral, a longo prazo.
Ex. benzeno.

Nocivas ou perigosas para o meio ambiente - podem causar danos à flora, fauna, população humana ou degradar o ambiente quando lançados no ar, solo ou águas.
Ex. Solventes clorados, CFCs, ácidos fortes, cianeto de sódio.

Sistema Respiratório
Sua finalidade é absorver o oxigênio do ar e transferi-lo para o sangue. Durante a respiração, o ar penetra pelo nariz ou boca, e através da traquéia atinge os pulmões. Nos pulmões, o ar ainda passa por pequenos tubos (brônquios), até chegar aos alvéolos, onde o oxigênio é transferido para a corrente sangüínea. Nesta fase do processo, os alvéolos trocam o oxigênio pelo gás carbônico do sangue (que é o gás residual não aproveitado pelos órgãos do corpo) e o transfere para ser expirado. O oxigênio é então distribuído pelo sangue por todos os órgãos do corpo humano, os quais realizarão suas funções distintas. Como podemos ver, o sistema respiratório é de fundamental importância para a realização do milagre da vida. Alguns contaminantes provocam reações imediatas no organismo como tosse, tonturas, dores de cabeça, espirros ou falta de ar. Existem porém, doenças provocadas por certos ares, que só são descobertas após vários anos de exposição.
O ar que respiramos é composto de aproximadamente 21% de oxigênio, 78% de nitrogênio e 1% de outros gases. Nesta combinação, estes gases mantêm a vida. Nossa saúde depende do ar puro que respiramos, porém quando outras substâncias estão presentes, podemos está sujeito a irritações, indisposições, problemas de saúde e até mesmo a morte.

Defesas naturais do organismo
O corpo humano tem um incrível sistema respiratório que leva o ar contendo oxigênio para os pulmões. Para que possamos respirar um ar limpo e normal, as defesas do nosso organismo agem como purificadores de ar.

Pelos: os pêlos do nariz , servem para segurar e prender as partículas maiores que inalamos juntos com o ar.

Cílios: os cílios são pequenos pêlos, que auxiliam no trabalho de purificação do ar. Pulsando 10 a 12 vezes por segundo, eles movimentam as partículas que possam ter passado pelo nariz, de modo que seja possível expectorá-las.

Muco: as vias respiratórias possuem uma substância líquida chamada muco, que serve, juntamente com os cílios, para arrastar essas partículas até a garganta. A tosse é um reflexo do corpo que expulsa e joga fora essas partículas.

Doenças
Apesar das defesas naturais, alguns contaminantes conseguem penetrar profundamente no sistema respiratório e causar algumas doenças, como as pneumoconioses. Pneumoconiose é o estado mórbido decorrente da infiltração do pulmão pelas poeiras inaladas. O termo pneumoconiose foi criado por Zenker, em 1866, para designar um grupo de doenças que originam de exposição a poeiras fibrosantes. Em 1971, este termo foi redefinido como sendo “acúmulo de poeiras nos pulmões e a reação tecidual à sua presença”. As Doenças Pulmonares Ambientais e Ocupacionais (DPAO) mais freqüentes são:

Silicose - é causada por partículas da sílica, muito comum nas indústrias cerâmicas, minerações, pedreiras e metalúrgicas, provocando uma redução na capacidade respiratória. Quando o trabalhador inala partículas de sílica o tecido pulmonar reage criando nódulos ao redor da partícula. Com o evoluir da doença esses nódulos se aglomeram e formam placas maiores, impedindo as funções básicas do pulmão. A evolução da silicose pode causar câncer de pulmão, bronquite e tuberculose e mesmo morte.

Arbestose - é causada pelas fibras do asbesto (amianto- silicato de cálcio, ferro e magnésio), provocando redução na capacidade de transferência de oxigênio para o sangue, além de câncer. O organismo tenta neutralizar estas fibras de vários modos complexos, e alguns desses métodos causam inflamação e dano ao pulmão. Quase sempre uma fibrose ou um tecido cicatrizado se desenvolve nos espaços intersticiais, ao redor dos bronquíolos e alvéolos. Se isso ocorre o oxigênio e o gás carbônico não mais fluem levemente até alvéolos e as células sanguíneas. Isso faz com que a respiração se torne menos eficiente.

Antracose - também conhecida como "doença do pulmão preto" ou "doença dos mineiros". É causada pela inalação de partículas de carvão mineral.

Bissinose - é causada principalmente pelas partículas de algodão, comum nas indústrias têxteis. Provocam redução na capacidade respiratória, febre e tosses freqüentes.

Pulmão dos fazendeiros - é provocada pala inalação de partículas dos cereais (sementes), madeiras ou fenos. Causam um tipo de cicatrização nos pulmões, febre, calafrios, tosse, dores musculares e redução na capacidade de respiração.

Há também as Pneumopatias Relacionadas com a Solda que são conseqüências de acúmulos de fumos de solda nos pulmões.

Doenças mais comuns - bronquites, resfriados crônicos, alergias e sinusites são também provocadas pela inalação de contaminantes.

De foram geral pode-se classificar em 3 os tipos de pneumoconioses: Silicose, Pneumoconiose dos trabalhadores de carvão (PTC) e Pneumoconiose por poeira mista (PPM).
Define-se PPM como as pnumocoioses causadas pela inalação de poeiras minerais com porcentagem de sílica livre cristalina abaixo de 7,5%. São consideradas como mais freqüentes: antracosilicoses, silicosiderose, doença de Shaver (trabalhos com alumínio).

Atividades de Risco de Silicose, PTC e PPM:
-Atividade extrativa – mineração subterrânea e de superfície;
-Beneficiamento de minerais – corte de pedras, britagem, moagem e lapidação;
-Indústria de transformação – cerâmicas, fundições, vidros, abrasivos, marmorarias, cortes e polimento de granito e cosméticos;
-atividades mistas – protéticos, cavadores de poços, artistas plásticos, jateadores de areia e borracheiros.

COMO SE PROTEGER DOS CONTAMINANTES

Há três tipos de controle para proteger o trabalhador da exposição a produtos químicos:
1 – controle de engenharia;
2 – práticas de trabalho e controles administrativos;
3 – equipamentos de proteção individual.

Controle de Engenharia
Inclui mudanças nos processos e substituição de substâncias perigosas que apresentem menores riscos; isolamento da fonte de perigo; isolação do trabalhador e uso de ventilação.

Práticas de Trabalho e Controle Administrativos
Incluem manutenção e limpeza; manuseios de produtos; programas de detecção; treinamento; modificação dos métodos de trabalho e higiene pessoal.

Equipamentos de Proteção Individual
Equipamento de Proteção Respiratória (EPR). Estes equipamentos, popularmente conhecidos como respiradores (máscaras), são constituídos por uma peça que cobre, no mínimo, a boca e o nariz, através da qual o ar chega à zona respiratória do usuário, passando por um filtro ou sendo suprido por uma fonte de ar limpa.

Os respiradores são classificados em 2 tipos:

Aqueles que purificam (filtram) o ar do ambiente
Aqueles que recebem o ar de fonte externa (ar mandado e máscara autônoma)
Os Respiradores que Purificam o ar classificam-se em 2 tipos:
Facial total – aqueles que cobrem a boca, nariz e olhos (todo o rosto)
Semifacial – aqueles que cobrem apenas a boca e nariz

Os Respiradores que Purificam o ar também utilizam 2 tipos de filtros:

Filtro Químico – são usados contra gases e vapores

Filtro Mecânico – são usados contra poeira

Os Respiradores que Purificam o ar quanto ao tempo de uso classificam-se em:

Reutilizáveis – aqueles que depois do uso podem ser lavados para serem usados em outras operações

Descartáveis – aqueles que tem vida útil extremamente curta e devem ser trocados pois não necessitam de reparos

Os Respiradores que Recebem o ar de fonte externa classificam-se em 2 tipos:

Aqueles que recebem o ar através de uma linha
Aqueles que recebem o ar através de um cilindro que o trabalhador leva

Os respiradores filtrantes são geralmente compostos de várias camadas de filtros, que retém certos contaminantes suspensos no ambiente de trabalho.

Algumas Considerações
Respiradores semifaciais sem manutenção (Peças Semi faciais Filtrantes - PFF)
Estes respiradores auto-filtrantes podem ser destinados à proteção contra a inalação de partículas.

Nestes respiradores, não se executa nenhum tipo de manutenção tais como: lavagem, higienização ou troca de peças, por serem todos eles descartáveis. Daí seu baixo custo.
Nomenclatura: As peças semifaciais filtrantes têm a seguinte nomenclatura, segundo o grau de penetração das concentrações de aerossóis:

• PFF1 - Geralmente indicada para proteção contra partículas não tóxicas tais como as minerais, pó de madeira, etc.

• PFF2 - Geralmente indicada para proteção contra partículas tóxicas químicas finas.

• PFF3 - Geralmente indicada para proteção contra partículas tóxicas químicas finíssimas.

• Letras S ou SL conforme sua capacidade de proteção contra partículas sólidas ou sólidas e líquidas, respectivamente.

• PFF1S - Empregado para proteção contra poeiras e névoas como: minério de ferro, minério de carvão, cimento refinado (Portland), fibras têxteis, sílica, talco, cal, sabão em pó, etc.
Estes respiradores cobrem o nariz e a boca, e como qualquer outro respirador, devem ser ajustados e usados corretamente, sendo necessários trocá-los sempre que estiverem saturados ou deformados, não precisando de reparos ou trocas de peças.


Respiradores semifaciais reutilizáveis (purificadores de ar)

Como o nome diz estes respiradores semifaciais cobrem a região do nariz e da boca. Normalmente são compostos por uma peça feita de borracha, silicone ou outro elastômero e a purificação do ar é feita através da colocação de filtros e ou cartuchos para partículas, gases ou vapores; que deverão ser trocados sempre que estiverem saturados; isto é, quando a pessoa estiver sentindo ou gosto do contaminante.
Para que haja proteção contra os contaminantes é muito importante que se utilize o filtro correto para cada situação.


Respiradores de peça facial inteira (purificadores de ar)

Os respiradores peça facial inteira protegem além do sistema respiratório, também os olhos. Além disso, são recomendados para ambientes com concentrações mais altas de contaminantes do que as peças semifaciais.
Podem ser utilizados com filtros para eliminar poeiras, fumos, névoas, gases ou vapores de ar.
Se compararmos, quando utilizamos um respirador tipo peça semifacial podemos reduzir em 10 vezes a concentração do contaminante no ambiente; já se usarmos a peça facial inteira podemos obter no mesmo ambiente uma redução de 100 vezes a concentração do contaminante.
Esta diferença deve-se ao fato de que o respirador facial inteiro envolve todo o rosto permitindo uma melhor vedação. Estes respiradores vedam a região da testa, uma superfície mais plana, se comparada ao nariz.

Respiradores com suprimento de ar
Os equipamentos de suprimento levam o ar através de uma traquéia plástica para dentro do respirador.
Este ar pode estar sendo enviado por um ar comprimido ou um conjunto de cilindros de ar comprimido (linha de ar comprimido); ou no caso das máscaras autônomas de ar é armazenado em um cilindro, sob alta pressão dando maior mobilidade ao usuário.
A autonomia de ar destes equipamentos é de normalmente de 30 a 60 minutos, dependendo da atividade que será realizada e das dimensões e pressão do cilindro.
Certos tipos de respiradores com suprimento de ar protegem contra deficiência de oxigênio, concentrações muito elevadas de poeiras, fumos, névoas, gases e vapores, onde os respiradores purificadores de ar não podem ser utilizados.

Há ainda as máscaras de fuga que estão dentro da classificação de respiradores que purificam o ar.

Respirador de fuga ou simplesmente máscaras de fuga ou máscaras de abandono, são usadas para sair de áreas nas quais possam originar-se inesperadamente contaminantes tóxicos, vapores, gases, combinações de gases e aerodispersóides.
Devem ser leves e de tamanho pequeno para facilitar seu transporte, não devendo o usuário entrar em nenhum local no qual eventualmente possam encontrar-se presentes elementos contaminantes sem levar consigo este dispositivo, que deve apresentar como características:

1 – ser de fácil e rápida colocação;
2 – encontrar-se em perfeitas condições de uso e ter filtro de validade prolongada;
3 – devem proteger contra o maior número possível de gases diferentes por tempo suficientemente longo;
4 – ser unicamente utilizados em atmosferas que contenham, pelo menos, 18% de oxigênio em volume.

Filtros

Quando necessária a proteção contra gases, vapores e outros elementos, devem-se utilizar nas máscaras filtros que possuam materiais de adsorção adequados.

Adsorção e Absorção

Adsorção – fixação de moléculas de uma substância (adsorvato) na superfície de outra substância (adsorvente).

Absorção – fixação de uma substância, geralmente líquida ou gasosa, no interior da massa de outra substância, em geral sólida.

Os filtros das máscaras são de dois tipos: Mecânicos e Químicos

Mecânicos – usado para proteção contra partículas

Químicos – usado para proteção contra gases e vapores. O material adsorvente do filtro geralmente é carvão ativado.

Carvão ativado é definido como um material poroso com grande área superficial capaz de adsorver substâncias. As matérias-primas mais comuns na produção do carvão ativado são:

Carvão betuminoso

Ossos

Casca de coco, babaçu e dendê

Lignita

Turfa

Casca de noz

Resíduos de petróleo

Açúcar

Madeira

Caroço de azeitona

Caroço de pêssego


A ativação do carvão pode se dar através de um tratamento do carvão com vapor ou um tratamento químico. No que diz respeito à sua composição, além do conteúdo de carbono, o carvão pode, em função de sua matéria-prima, conter até 20 % de minerais que são indicados e estão presentes no resíduo de suas cinzas.
Todas as máscaras descritas acima podem ser utilizadas, com seus respectivos filtros combinados, em ambientes onde se verificar a presença de gases e vapores, além de aerodispersóides.


Os filtros mecânicos são classificados de acordo com sua eficiência, nas classes P1, P2 e P3, conforme a norma ABNT. Todos as três classes são testadas fazendo-se passar partículas de Cloreto de Sódio geradas por um nebulizador especial, com diâmetro aerodinâmico médio mássico de 0,4 mícron. Este tamanho de partículas é aquele que submete o filtro a pior condição. A habilidade dos filtros mecânicos para reter estas partículas é menor que sua habilidade para retenção de partículas com diâmetros superiores a 1 mícron e inferiores a 0,1 mícron, por exemplo. Por esta razão foi escolhido este tamanho. Neste ensaio, os filtros P1 devem ter uma eficiência mínima de 80 %; os filtros P2, 94%; e os filtros P3, 99,95%.

A utilização de um filtro P1, P2 ou P3 não define o nível de proteção oferecido por um equipamento de proteção respiratória. Ou seja, quando utilizados em uma peça semifacial, os filtros P1, P2 ou P3, darão ao conjunto peça semifacial e filtro mecânico, seja este conjunto do tipo peça semifacial elastomérica ou do tipo sem manutenção, a mesma eficiência nominal, que é de 90 % de eficiência.

A escolha do filtro mais apropriado deve estar associada ao tipo de contaminante presente na atmosfera contaminada. Para poeiras e névoas, deve-se selecionar um filtro P1; para fumos, filtro P2; e para partículas (poeiras, fumos ou névoas) altamente tóxicas, filtro P3, preferencialmente em uma Peça Facial Inteira ou Respirador Motorizado.

Código de Cor para filtros de Máscaras para Gás – fonte OSHA
Contaminantes Cores
Gases ácidos Branca
Ácido cianídrico Branca com meia faixa verde completa em volta do filtro
Vapores orgânicos Preta
Gás amônia Verde
Monóxido de Carbono Azul
Gás de cloro Branca com meia faixa vermelha completa em volta do filtro na sua parte inferior
Materiais radioativos, exceto gases nobres e trítio Púrpura (margenta)
Gases ácidos e vapores orgânicos Amarela
Gases ácidos, vapores orgânicos e gases de amônia Marrom
Particulados (pó, fumaça, névoa ou combinação com qualquer gás acima) Cores específicas dos gases colocada na parte superior do filtro, com meia faixa cinza na parte inferior
Outros contaminantes atmosféricos Vermelha com meia faixa corte inferior do filtro

A cor laranja deverá ser utilizada como cor total ou meia para representar gases ou vapores não incluídos nesta tabela.

Eficiência dos Respiradores
Para que o respirador seja adequado e garanta uma eficiente proteção respiratória, devemos considerar as seguintes características:

Eficiência do filtro - A qualidade do elemento filtrante é muito importante para a adequada proteção respiratória. É muito importante que se faça a escolha do filtro apropriado para cada situação e contaminante.

Vedação - Um respirador que não se ajusta bem à face não dará uma boa vedação, e não estará protegendo o usuário, uma vez que os contaminantes entrarão pelas deficiências de vedação.

Tempo de uso - Após ter sido selecionado, com base nos riscos existentes no ambiente de trabalho, o respirador deve ser usado por todo o tempo em que você permanecer no ambiente contaminado. A exposição a estes ambientes, mesmo que por curtos períodos pode causar doenças ocupacionais ou até mesmo a morte.

Cuidados com o Respirador

Para que o respirador possa ter um bom tempo de duração e conservação, são necessários alguns cuidados do usuário. Antes de entrar em uma área contaminada, verifique se o respirador não está danificado.

No caso de respiradores com filtros recambiáveis, lave o respirador em água corrente com detergente neutro, como indicam as instruções; retirando as peças se necessário. Caso os filtros e cartuchos estiverem saturados troque-os por novos. Não suje nem danifique a parte interna do respirador, que ficará em contato com a região da boca e do nariz. Se estiver que manusear seu respirador com as mãos sujas, pegue-o pela parte externa. Não o deixe sobre equipamentos ou lugares sujeitos a poeiras ou contaminantes.

Ao fim do trabalho ou nos intervalos de descanso, guarde o respirador em um saco plástico e coloque-o em lugar apropriado (gaveta, armário, etc.). Se sentir dificuldade na respiração, cheiro ou gosto do produto que está trabalhando, pode ser que esteja na hora de trocar de respirador (respiradores sem manutenção) por um novo, ou substituir os filtros (respiradores com manutenção).

A barba impede o ajuste e vedação adequados do respirador, facilitando a passagem dos contaminantes. Por isso pessoas com barba não devem usar respiradores que necessitem vedação facial.

Lavagem e Desinfecção (higienização) dos respiradores

Lavagem: pode ser feita de diversas formas. Se os respiradores forem limpos à mão, as peças devem ser lavadas com uma escova macia em água morna com temperatura máxima 43ºC com um detergente neutro como sabão de coco ou outros. Nesta fase se removem resíduos como suor, poeiras e outros. Após essa operação, as peças são enxaguadas com água abundante para retirar todo excesso do detergente.

Desinfecção: A desinfecção pode ser feita utilizando-se imersão das peças por dois minutos numa das seguintes soluções:

1) Dissolva 2 ml (uma colher de sopa) de água sanitária comum por litro de água, num recipiente adequado para conter as peças a desinfetar. Esta solução conterá aproximadamente 50 ppm de Cloro.

2) Dissolva 0,8 ml (uma colher de sobremesa) de solução iodo encontrado em farmácias, por litro de água, num recipiente adequado para conter as peças. Esta solução conterá aproximadamente 50 ppm de Iodo.


TABELA DE LIMITES DE TOLERÂNCIA – NR 15 anexo 11

todos os valores fixados no quadro Nº 1 da tabela de limites de tolerância da NR 15 anexo 11, são válidos para absorção apenas por via respiratória. Segue-se abaixo uma fração da tabela:
Agente Químico Valor teto Absorção também p/ pele Até 48 horas/semanais Grau de insalubridade a ser considerado no caso de sua caracterização
ppm* mg/m3 GRAU
Acetona 780 1870 Mínimo
Ácido acético 8 20 Médio
Ácido cianídrico + 8 9 Máximo
Ácido clorídrico + 4 5,5 Máximo
Álcool etílico 780 1480 Mínimo
Amônia 20 14 Médio
Bromo 0,08 0,6 Máximo
Chumbo - 0,1 Máximo
Cloreto de vinila + 156 398 Máximo
Cloro 0,8 2,3 Máximo
Tolueno + 78 290 Médio
Xileno 78 340 médio
* ppm – partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado
** mg/m3 – miligrama por metro cúbico de ar.

Para os agentes químicos que tenham “valor teto” considerar-se-á excedido o limite de tolerância
Limite de tolerância é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

Ressalta-se que o quadro nº 1 do anexo 11 da NR 15 tem aproximadamente 200 substâncias listadas o que ainda é MUITO POUCO para as mais de 100 mil substâncias utilizadas no meio industrial.

LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA POEIRAS MINERAIS – NR 15 anexo 12.

A ACGIH alerta que não existem poeiras inertes, todos os tipos de particulados, dependendo da concentração e tamanho podem acarretar danos à saúde. De uma forma geral, ela considera 10 mg/m3 como o limite de tolerância para qualquer tipo de asrodispersóides para uma exposição de 8h/dia e 40 h/semanais.

Benzeno
De todas as substâncias químicas, uma das mais conhecidas e estudas é o Benzeno. Ele é formado por apenas 12 átomos: 6 átomos de carbono e 6 átomos de hidrogênio. A sua fórmula molecular é C6H6. A fórmula estrutural do benzeno é:

Líquido incolor, odor característico dos hidrocarbonetos aromáticos. Quando misturado com tolueno e xileno costuma receber a denominação comercial de Benzol.
Principais usos: Usado na produção de álcool anidro (como azeótropo), produção de detergentes, solventes e produção de várias substâncias químicas, tais como anilina e fenol. Já foi usado como combustível automotivo, na Europa, misturado à gasolina.
Foi proibida a utilização do benzeno, a partir de 01 de janeiro de 1997, para qualquer emprego, exceto nas indústrias e laboratórios que o produzem, o utilizem em processos de síntese química, o empregue em combustíveis derivados do petróleo, em trabalhos de análise ou investigação em laboratório (quando não for possível a sua substituição) e como azeótropo na produção de álcool anidro (até a data a ser definida para sua substituição).

Desse modo, em algumas atividades e operações, (por exemplo, na siderurgia) o benzeno tem sua utilização permitida. Para essas atividades, as empresas responsáveis devem elaborar e implantar o PPEOB - Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno (anexo 13-A da NR 15).

Documentos específicos para o BENZENO:

Decreto 157 – prevenção e controle dos riscos profissionais causados pelas substâncias ou agentes cancerígenos; (1991)

Decreto 1253 – promulga a convenção 136 da OIT sobre a prevenção contra riscos de intoxicação provocadas pelo BENZENO; (1994)

Portaria 14 – estabelece o anexo 13 A da NR 15; (1995)

Instrução normativa 01 – avaliação das concentrações de Benzeno em ambientes de trabalho; (1995)

Instrução normativa 02 – vigilância da saúde dos trabalhadores na prevenção da exposição ocupacional ao Benzeno; (1995)

Ordem de serviço OS 607 – aprova norma técnica sobre intoxicação ocupacional pelo Benzeno; (1998)

Portaria MTE 34 – protocolo para a utilização de indicador biológico da exposição ocupacional ao Benzeno; (2001)

Acordo sobre o BENZENO – documento firmado entre a CNI, ABIQUIM, SINPROQUIM, CNTI, CNTN, CUT, FORÇA SINDICAL, FUNDACENTRO, TEM, Ministério da Saúde e MPAS. Formalizar o compromisso assumido entre os citados acima, visando a proteção ao trabalhador.

1) O que é BENZENO?
É um composto orgânico formado por 6 átomos de carbono e 6 átomos de hidrogênio. É um liquido incolor e de odor aromático forte.
2) Qual é a origem do Benzeno?
Foi isolado pela 1ª vez em 1825, por Michael Faraday. Extraído de um gás obtido do óleo de baleia, usado em iluminação pública em Londres.
3) Há derivados naturais do benzeno?
Sim! Mercalina (psicotrópico) usado em rituais religiosos na América do Norte, Adrenalina
4) Qual é a utilidade do benzeno?
Usado como solvente ou como reagente químico. Na utilização como reagente químico é matéria prima para fabricação de Fenol, anilina, nitrobenzeno, e uma gama de produtos sintéticos, como corantes, remédios, resinas e explosivos.
5) O benzeno mata?
Sim! Os vapores além de produzirem efeitos menores, produz dificuldade respiratória, tremores, convulsão, perda de consciência e MORTE.
6) O benzeno altera a síntese do DNA?
Sim! Altera a quantidade e a qualidade dos cromossomos
7) Quais as principais vias de entrada do benzeno?
Cutânea e respiratória
8) O Brasil exporta benzeno?
Cerca de 85% da produção de benzeno fica no mercado interno brasileiro. É pouco exportado.
9) Qual a porcentagem do benzeno na gasolina?
Entre 0,8 e 1,0 % em peso
10) Há algum programa de prevenção ao benzeno?
Sim! PPEOB – programa de prevenção da Exposição ocupacional ao Benzeno. Além do PPRA e PCMAT.
11) Há alguma exposição segura ao benzeno?
Não! Muito embora a ACGIH atribua 0,5 ppm para 8 horas de trabalho e 40 semanais. Há o LRT – Limite de Referência Tecnológico – que é uma concentração de benzeno no ar considerada do ponto de vista técnico concentração que se pode trabalhar. Então:
1,0 ppm para Petroquímica, refino de petróleo e demais Obs. 1ppm = 3,18mg/m3=1ml/m3
2,5 ppm para siderúrgicas
12) Longo período de exposição ao benzeno traz câncer?
Sim! Leucemia que no geral aparece antes da morte
13) Quais EPI’s para a proteção ao benzeno?
Roupas impermeáveis, luvas de PVC, máscaras com filtro químico (carvão ativado) e óculos
14) O que é Benzol?
É o nome dado a mistura de Benzeno, Tolueno e Xileno
15) O benzeno é inflamável?
Sim, na forma líquida quando queima produz fumaça devido ao alto teor de carbono. Os vapores de benzeno são explosivos
16) O benzeno é solúvel em água?
Não! Porque é uma substância apolar e a água é substância polar
17) O benzeno é solúvel em solvente orgânico?
Sim!
18) Benzina é Benzeno?
Não! Benzina é uma mistura de hidrocarbonetos (pentano, hexano, heptano) com tolueno, xileno e benzeno.
19) Qual é a insalubridade à exposição ao benzeno?
Máxima!
20) O que fazer quando:
a) houver contato com a pele?
Lavar com água e sabão
b) houver contato com os olhos?
Lavar por 15 minutos e procurar médico
c) houver ingestão acidental?
Lavagem gástrica (quando recente) e se não for possível provocar vômito
21) O que é BENZENISMO?
É uma síndrome decorrente da ação do benzeno sobre diversos sistemas (nervoso central, imunológico, genético, hematopoiético, outros)

2 comentários:

  1. gostei da materia tirei muitas duvidas.

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  2. Gostei muito, bem didático e prático. Poderia ter sido revisado por alguém que conhece melhor a língua portuguesa.

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